Por CHRISTOPHER MIMS | WALL STREET JOURNAL
O resultado é algo que os acadêmicos chamam em inglês de “people analytics”, ou a gestão de pessoas baseada em dados, que significa tratar os seres humanos de uma organização como qualquer outro ativo na cadeia de suprimentos: algo que pode ser monitorado, analisado e reconfigurado. Os humanos, no fim das contas, são notavelmente previsíveis.
Imagine uma importante executiva do futuro. Em vez de descobrir o que está acontecendo em sua empresa perguntando aos subordinados, ela consulta um painel digital que a informa sobre tudo, desde quem está em suas mesas até se estão felizes no trabalho.
Qualquer medida que se desvie das normas históricas ou dos padrões do setor é destacado em vermelho. Em minutos, nossa gestora sabe quais questões deverão ser priorizadas hoje — ou neste trimestre —, seja o nível de engajamento dos funcionários ou o tamanho das redes sociais de sua equipe de vendas.
Uma coisa assim pode parecer improvável, mas não está muito longe de alguns serviços oferecidos hoje por um número crescente de empresas.
O que esses serviços têm em comum é o desejo de usar dados para direcionar a tomada de decisões em uma área que tradicionalmente tem ficado à margem da análise de dados: recursos humanos.