Notícias 23 Dezembro 2015

Governo de PE envia pacote com aumento de impostos à Alepe

Proposta do Executivo aumenta IPVA, ICMS e ICD a partir de 2016. 
Expectativa é incremento de R$ 487 milhões na economia do estado por ano.

O governo do Estado anunciou nesta segunda-feira (21) o envio à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) de um pacote de medidas para enfrentamento da crise econômica. Entre as ações está o aumento de impostos, como o IPVA (sobre a Propriedade de Veículos Automotores), ICD (sobre Causa Mortis e Doação) e ICMS (sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

Se for aprovado pelos deputados, as novas alíquotas entram em vigor em 2016. A expectativa do Executivo é incremento de R$ 487 milhões na economia do estado por ano.

De acordo com a proposta, o IPVA e o ICD terão a alíquota escalonada, com a cobrança de mais imposto sobre bens e veículos de maior valor. Carros com até 180 cavalos-vapor (CV) passam a ser tributados em 3% e, acima disso, a alíquota será de 4%. Aeronaves e embarcações pagarão 6% de IPVA.

Já o ICD passa dos atuais 2% ou 5% para uma escala de 0% a 8%, dependendo do valor do bem. A faixa de isenção do imposto aumenta de R$ 5 mil para R$ 50 mil e passam a ser tributados com a alíquota máxima os bens acima de R$ 400 mil.

Veículos
As motocicletas de até 50 cilindradas, conhecidas como "cinquentinhas" também passam a ser tributadas com IPVA, em 2,5%, com a justificativa de cobrir os gastos com os envolvidos com acidentes de moto. Nas operações com motocicletas, a alíquota do ICMS sobe de 12% para 18%. “Os dados da saúde de Pernambuco mostram que foram gastos com R$ 500 milhões somente nas unidades de saúde da rede estadual, isso sem os gastos da Previdência, quando as pessoas morrem”, aponta o secretário da Fazenda, Márcio Stefanni.

Os táxis, isentos de IPVA, também são alvo das mudanças. “Nós vamos manter a isenção para táxi, mas com o limite de um táxi por CPF. Frotistas, que têm 10 táxis, passam a pagar. Locadoras, que pagam 0,5%, passam para 1%, sendo que agora passa a ser considerado locadora quem tem mais de 30 veículos. Atualmente, são 10”, explica Stefanni.

Combustíveis
A proposta do governo também vai alterar as alíquotas do ICMS incidentes sobre a gasolina e o álcool. A alíquota da gasolina sobe de 27% para 29%, enquanto que a do álcool cai de 25% para 23%. “Pretendemos reduzir a alíquota do alcool e subir o da gasolina, para dar um estímulo para a produção sucroalcooleira, isso gera emprego”, afirma Stefanni.

Telecomunicações
Sobre serviços de telecomuniações, o ICMS sobe de 28% para 30%, e de TV por assinatura, de 10% para 15%. O aumento nessa alíquota sobre os serviços de telecomunicações será destinado ao Fundo de Combate à Pobreza. “Esse fundo é quem financia os serviços sociais e a saúde no estado. Essa alteração é uma tendência, vem sendo adotada por outros estados. Alguns chegam a 35%”, ressalta.

Para os produtos que não contam com legislação específica, a alíquota do ICMS sobe de 17% para 18%. “Esse é um pacote que tem reflexo também nas finanças municipais. 25% do que é arrecadado com ICMS é repassado para os municípios”, explica o secretário.

Os projetos seguem em regime de urgência para a Alepe. De acordo com o líder do governo na Assembleia, deputado Waldemar Borges, secretários mais ligados às propostas vão ser convocados para debater o tema ainda nesta semana. O objetivo é aprovar as medidas até o fim de setembro, para que possam valer a partir de janeiro.

Segundo o líder da oposição na Casa, Sílvio Costa Filho (PTB), a bancada vê o pacote com preocupação. "A população já paga muitos impostos. É preciso que o governo possa detalhar melhor esse aumento de tributos no estado. A gente defende que o governador reduza outros gastos, reduza o número de secretarias, o número de cagos comissionados, que corte outras despesas antes de falar de aumento de impostos", ponderou.

Extranet

Extranet

AGE Consulting

Registro no CRC-PE sob o nº. 00437/0-0

Rua Doutor Virgilio Mota, nº. 70- Parnamirim - Ver Mapa
Recife/PE - CEP: 52060-582
T +55 (81) 3421-2078